sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ainda é com os outros. Ainda...



Guerra, violência, crise. A humanidade caminha dia-a-dia para um xeque-mate certeiro. E nós o que fazemos? Achamos simplesmente que os bombardeios na Faixa de Gaza é do outro lado do mundo, que onde moro não tem boca de fumo e até agora a milícia não chegou, que o Lula prometeu que a crise não afetaria o Brasil. E daí? Não é só isso. E a ganância, o luxo, o individualismo? Isso mora dentro de você. Não te corrói? Não te dói passar pela rua e ver alguém dormindo ao relento? Uma criança jogando bolinha no sinal pra conseguir um trocado? Talvez não. Com certeza deve ser mais fácil dizer: Culpa da desigualdade social. Duvido que na Suíça é assim! - ou pros mais intelectuais (lê-se: falsos idealistas): Culpa do sistema! Que sistema? Será que não é você o corrompido pelo sistema? Que só pensa em trocar de carro e exibir isso pros demais. A culpa dele não estar na escola é sua e do mundo que gira em torno do seu próprio umbigo. Tá na hora de acordarmos pra agir. Colocar o bloco da justiça na rua e não se calar por trás do conformismo. Agora não é hora de abandonar a luta. É hora de usar as suas armas contra o mal interno. É o começo do fim. Hoje são eles no sinal. Você não vai esperar até chegar a sua vez né?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ódio


Eu pensei que saindo de casa no carnaval conseguiria ter um feriado um pouquinho diferente desses meus dias um tanto tediosos. Mas não. Além daquele engarrafamento quilométrico e daquelas pesssoas loucas por sol e areia, nunca foi tão dificil estar em Angra dos Reis. Que sacrifício é estar num lugar deslumbrante como Angra dos Reis né? É. Realmente foi. Mas não porque eu sou anti social e odeie pessoas. Não. Tudo bem que eu prefiro estar com o minímo de pessoas desconhecidas possível. Mas dessa vez não foi por isso. Foi o seu fantasma me assombrando. Assombrando meu bloco, minha folia, minha Marquês de Sapucaí. Foi estar pensando em tudo o que eu fiz e ver que agora você caga pros nossos dias, nossa vida tão bem vivida. Tenho raiva. Raiva de você ter chego no meu sábado e não ter ido embora na quarta-feira de cinzas. E o pior é saber que vai ficar na minha quaresma, na minha páscoa, talvez até no meu natal. Odeio saber que você tem outro alguém pra rir com você, chorar com você e cuidar do seu coração que eu queria tanto cuidar. Odeio gostar ainda de você. Odeio te carregar no meu coração como um amuleto. Me odeio a cada dia que passa por saber o quão idiota eu sou por não te odiar por tudo o que você fez. Tudo o que você disse e nem fez questão de cumprir. Odeio esses meus dias sem você. Te odeio porque te amo demais. Por te carregar tão dentro de mim, eu me odeio.

em algum lugar dessa imensidão azul..

eu não me sinto a vontade para escrever. ainda não estou habituada com essa idéia de deixar toda essa insanidade simplesmente ganhar espaço fora de mim. mas acho mais fácil escrevê-las aqui do que ficar a noite acordada contando-as para meu edredon vermelho. juro que já tinha deixado de lado essas coisas de ficar remoendo certas lembranças, que pensaria na faculdade, nos meus amigos e nos meus amorzinhos infantis. juro que penso em tudo isso, mas não deixo de pensar em tudo que aconteceu. não adianta eu bancar a fortona, ou a esperta. querer ser minha amiga que consegue não se entregar (ou pelo menos tenta!). não adianta. eu não sou assim. eu não sei fingir que tenho vontade de ligar, de fazer presentes e escrever cartinhas toda semana. tá, eu sou uma criança. mas será que é necessário mudar esse jeito por causa de alguém? será que haverá alguém no mundo merecedor da minha mudança? se eu fosse dessas de trair e essas coisas, tudo certo eu mudar. qualquer pessoa do sexo mascuino mereceria isso. mas não. eu sou do tipo que fica em casa, que conta pros amigos como é feliz, que pensa em filhos. será que devo mudar meu jeito "menininha de família" pra ser uma qualquer que faz um joquinho manjado q tem qualquer um na mão? ah, não. não sou dessas. e pra ser sincera, até gosto de remoer as lembranças pra pôr de vez na minha cabeça que tá na hora de se enxergar, que com certeza vai ter um carinha nesse mundo imenso, mesmo que seja um soldado israelense há meses fora de casa, que vai dar valor pra esse jeito estranho, ou não, de amar. eu sei que existe.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Duas letras: eu



Dizem que conhecemos as pessoas pelos seus gostos. Ok. Vou deixar você me conhecer. Eu amo arroz, feijão, bife e cebola. Não precisa de batata frita não. Só cebola. Amo cheirinho de chuva na terra molhada. Amo artesanato, hippies, casinhas pequenas com plantas, cactos e orquídeas. Amo praia, mas não gosto de ficar me tostando no sol. Amo sol. Fico maravilhada com a perfeita sintonia entre o ceú e o mar num belo dia de sol. Amo chuva. Mas odeio me arrumar pra sair e não sair, principalmente porque começa a chover. Sou adepta do ecologicamente correto. Odeio gente que joga papel na rua. Odeio ver gente na rua. Odeio saber que vou chegar em casa e dormir no quentinho da minha cama enquanto tem alguém que passa frio na rua. Odeio ver gente chorar. Odeio mais ainda ver gente chorar por um motivo que não precisa existir. Odeio gente que se faz de vítima. Odeio não entender a cabeça das pessoas, mas sou uma verdadeira admiradora do ser humano. Principalmente do brasileiro. Mas brasileiro é raça que não se entende. Como, por exemplo, o que faz uma pessoa tão inteligente como Pedro Bial apresentar o Big Brother? Vai entender a cabeça dessa raça. Troco, sem pensar duas vezes, um passeio no shopping por um bom filme sábado a tarde. Mas não troco nada pelo jogo do meu Flamengo no domingo. Troco tudo por uma boa gargalhada. Por um dia do lado de um amigo. Por um sincero olhar. Não sou adepta de uma longa espera, mas espero bastante se precisar pela pessoa ideal. Amo a vida, meus amigos e meus amores. E juro, tô aprendendo a me amar...