quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Só mais um dia chuvoso em que penso em ti.

É. Eu tô aqui mais uma vez, escrevendo sobre o saber que nada vai acontecer. Você já disse com todas as letras e eu jurei já ter entendido. Tudo bem, eu entendi. Mas algo não flui. Algo em mim me faz romantizar a vida, o estar com você, suas palavras e seu sorriso. Hoje me sinto mais carente que o normal e uma coisa que antes não acontecia, agora anda me atormentando: a saudade de você. Antes eu vinha pra casa normalmente, e se te ia te ver no outro dia: pô, beleza! mas se não: tá então. Agora não. Quando você sai do Portal pra ir pra aula e me dá aquele tchau, meu coração chega a apertar. E eu fico me achando uma criança de 12 anos que sente saudades de alguma coisa que não é sua. Sim, você, mais do que nunca, não é meu. Conversamos e você me disse com todas as palavras: "Eu não quero nada sério" e eu entendi. Entendi seus motivos, seus problemas e tudo mais. Nem fiquei pensando muito nisso pra não cair na tentação de ter alguma dúvida e querer ir te perguntar. Depois dessa conversa, eu cai na real. Saquei que não vai dar em nada e jurei que não ia mais te perturbar com as minhas coisas de adolescência mal-resolvida. Mas na semana seguinte minha vontade é de te abraçar e te dizer que não vai ser igual ao que já foi, que você me faz bem e que eu aguento se você disser que não mais uma vez. Sim, eu tô apaixonada. E se sei lá por que cargas d'água você resolver ler esse texto, espero que não fique chateado comigo por talvez não demonstrar isso. Não faria diferença pra você.
Tô precisando de um colo, de assistir um filme junto, de ir junto ao cinema. Sim, eu me apaixonei por você, mesmo sabendo que não ia dar em nada, que me aventurei demais por pouco. Mas eu tentei. E não me arrependo. Ah, se você soubesse como é feliz o momento em que te vejo se aproximando do Portal e finjo não ter visto, só pra você vim e me dá um abraço de surpresa. Finjo tanto pra não te assustar. Me recuo tanto com medo de você ser frio comigo. Tudo, tudo que eu não sofra por gostar de alguém sozinha.
Namorei tanto tempo. Amei de verdade. Depois jurei não acreditar nessa coisa de gostar. Mas aí você chegou com seus olhos lindos e seu sorriso leve, esse humor infantil e esse jeito de sonhar que me encanta. Ah, se tu soubesses como sou tão carinhoso e muito, muito que te quero...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Você do meu lado

E você tá aqui, encostado com a cabeça na mesa, cochilando, do meu lado. A imensa vontade de te fazer um carinho chega a me dar orboletinhas no estômago. Mas como eu já sei, você fez questão de me comprovar: acaba assim. Nada de ficar, de compromisso, muito menos de sentimento. Tá, eu já entendi. Mas como eu espero que você tenha entendido, nada que você faça ou deixe de fazer vai mudar o que eu penso. Penso, para não dizer que sinto. Mas tudo bem. Você não precisa saber disso. Então fico aqui na minha, contendo essa vontade louca de te afagar os cabelos e te dizer que sim, você, e seu sorriso leve, conseguem fazer as minhas manhãs mais bonitas.

domingo, 20 de setembro de 2009

Sobre a arte do jornalismo

E disse muito bem Gabriel Garcia Márquez:

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

sábado, 19 de setembro de 2009

versinho


Te ninaria a noite inteira, menina

Eu irisava os teus sonhos um bocado

Se tu me desse o seu colo, eu faria

Na sua retina a minha casa e morava.

domingo, 13 de setembro de 2009

Renitente

Alvíssima pele sua, macia
Que quando encosta suavemente
faz suar a minha no escuro

Estou pois me aceita
Estás pois te procuro

Sentimento renitente esse nosso,
De adolescente!
Por vezes cala,
Por vezes fala,
Por vezes mente
Intermitentemente, sem fim

Porque a gente só não gosta?
Porque a gente não só sente?
Porque a gente se sente tão só assim?
.
.
Escrito por alguém que consegue fazer da minha vida um viagem.
obs.: que nossos relógios continuem se cruzando.

sábado, 12 de setembro de 2009

Esse passado.

É sempre mais forte do que eu. Paro para procurar algo e sempre me deparo com um passado tão próximo e ao mesmo tempo tão irreal. As fotos surgem como se fossem pinturas. Algo que um pintor sonha e resolver retratar na tela com uma aquarela. Passeatas, viagens, tardes à toa, fugidas do colégio. Eu já não consigo me ver naquela Laís dos cabelos um poucos mais compridos e tantos sonhos infantis. Não consigo mais te ver naquele rosto adolescente e naquelas vontades resultadas de pensamentos inconsequentes. Mas, me pondo no lugar dessa Laís, não consigo ver um fim. Vejo apenas tudo aquilo que sentia. Todo maior amor que eu conseguia ter, mesmo tendo certeza que esse foi meu maior problema. Enxergava um futuro, fazia planos e por momentos eu tinha medo de acordar desse sonho infantil. Ainda acho que teríamos um caminho inteiro pela frente. Tínhamos tanta força, tanto sentimento que achava que nada mundo conseguiria nos parar. Mas a cabeça muda, as pessoas mudam, as vontades mudam. E tudo vivido vai pro ralo.


Infelizmente o carnal é sempre mais forte que o sentimental. Infelizmente...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Apenas uma madrugada

E essa noite dormi com você. Não foi a primeira vez. Mas foi a mais intensa, a mais pertubadora. Você ficou do meu lado da hora que deitei até o meu despertar. Te esquentei nos meus braços junto com o travesseiro gostoso, te acalentei até pegar no sono. Zelei você ali, tão quieto. Te olhando, tentei entender o que se passava. Relembrei os 'bom dia's, as gracinhas, o sorriso leve. Aproveitei seu sono pra te falar o que não consigo quando você olha pra mim. Resolvi te dizer que não consigo entender porque se afasta do nada e mais do nada ainda você se aproxima. Falei de vez que não adianta você me tratar com indiferença só pra ver se deixo de gostar de você, mesmo que seja pro meu próprio bem. Não adianta, sabe por que? Porque essa sua 'preocupação' comigo é o que mais me encanta em você. Essa sua nobreza rara, sua consciência da dor e como você parece me entender são tudo que me tira o sono. Eu disse isso tudo. A noite inteira. Mesmo sabendo que você não estava ouvindo. Até que peguei no sono. Com você ali. Eu podia jurar que a qualquer momento você ia simplesmente levantar, pegar suas coisas e sair pela porta. Eu juro que até preferiria. Mas você ficou. Não sei se zelou meu sono, mas sei que estava ali. Sei porque sonhei com você. Passou um filme pela cabeça. Um curtametragem, claro. Uma história de alguns dias não dá um longa. Quando despertei de leve, você tava ali. Eu já não sabia mais o que fazer, o que pensar. Porque você não aproveitou meu sono e saiu, foi embora? Porque cisma de ficar preso? Vai, voa, pega sua liberdade e se manda da minha vida. Você não foi.
E tudo isso foi apenas uma noite. E tudo isso foram pensamentos.

Mas se você quiser ir embora, juro que não vou chorar, mas vou agradecer.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Canseira

Tem hora que a gente cansa. Cansa de tudo. De tentar, de fazer, cansa até de desistir. Sou de cansar fácil. canso de sorrisos sem intenções ou intenções sem sorrisos. Canso de 'bom dias' pseudo-felizes e de abraços com carinhos amigáveis. Será que é tão difícil? O cansaço toma conta da minha cebça, dos meus olhos. Meu coração cansa de sentimentos não-correspondidos, de frases desentendidas e da falta incrível de pensar em você. Chegou rápido, mas foi embora mais rápido ainda e hoje fica nesse mexe-não-mexe com meu coração. Me diz que não quer, vai embora, se manda da minha cabeça. Esse seu riso gostoso, seus olhos fofoa e seu jeitinho aconchegante. Mas não adianta, eu cansei. Quero mais que você se vá, leve suas coisas, seu carinho, suas lembranças, seus abraços, aqueles de bom dia. Acho que não vale mai tanto a pena sentir. Nem desistir, nem tentar, agora tanto faz mesmo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

(...)

Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque, se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.

Tati Bernardi