sábado, 30 de maio de 2009

Deixa a inveja, o ódio.. V I V A !


Serei feliz quando juntar dinheiro
Der a volta ao mundo e mudar de emprego
Serei feliz quando estiver mais magro
E couber em qualquer roupa que estiver na moda

Serei feliz quando tiver respostas
Quando for famoso e me sentir seguro
Serei feliz quando ela for embora
Quando o meu país me parecer mais justo

Serei feliz quando a dor passar
Serei feliz em outro lugar
Serei feliz quando você ligar
A sorte é que tem sempre alguém pra me lembrar

Que agora é o futuro
Que eu andava esperando
Agora é o futuro
Se não agora, quando
quando, quando, quando?

Serei feliz quando eu tiver dezoito
Sair de casa e comprar um carro
Serei feliz quando aos trinta e poucos
Comprar a minha casa e a vida for mais clara

Serei feliz quando um verso meu
Te fizer chorar e perder a fala
Serei feliz quando eu abrir a porta
E encontrar os meus problemas arrumando a mala

Serei feliz quando o sol nascer
Serei feliz quando Deus quiser
Serei feliz quando merecer
Mas escrevo pelos muros
pra não me esquecer


Se não agora, quando?
Leoni

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sempre chove quando não temos guarda chuva

Todo dia é certo. Coloco uma música pra ouvir e as lembranças surgem como uma tempestade de raios. Elas me bombardeiam durantes horas sem, se quer, me deixar pedir um tempo para organizá-las. Delas viro refém. São elas boas, ruins. Umas me fazem rir, como quando brincávamos de quem conseguia dar uma lambida no rosto do outro, outras me fazem soluçar de tanto chorar, aqueles dias em que era obrigada a entender que a política era mais importante, e ainda ouvir um "infelizmente". São sensações totalmente opostas, mas tão confusas, que não sei mais do que sinto saudade. Elas me fazem ter um sentimento um tanto peculiar em relação a esses casos: pena. Lembro de como te tratava. O meu bebê, minha joia rara, o ser mais frágil desse mundo. Você se irritava. Não dizia, mas sei que se irritava. Eu tinha medo. Medo de você partir, de ir e não me dar um beijo de até amanhã, de não mais me dizer boa noite e nunca mais eu escutar seus assuntos de partido político. Mas de nada adiantou, meus cuidados foram totalmente em vão. Você não é frágil. É forte, sabe se virar, nada te assusta. Pra mim não. Eu sei que não. Dentro de você existe um menino assustado, que não sabe onde se esconder nos dias de chuva forte, que pede colo quando alguém fala um pouco mais alto. Eu sei. Não adianta esconder. E hoje você é como uma criança orfã. Implora colo a qualquer um, procura incessantemente alguém pra te fazer um carinho e dizer que tudo vai ficar bem. Me dá pena de tudo isso. Você achou que já era grande, mas se esqueceu que lá no fundo o nosso menino nunca morre. Você tem medo e pede pra que eu não vá. Eu te olho e o homem não existe, só a criança assustada. Esse sentimento se torna estranho, pois já não sei se ainda há amor ou alguma coisa que se assemelhe a isso. Parece que nessa peça da vida os nossos papéis se inverteram: eu, a pobre mocinha dependente de carinho e atenção agora é aquela em que o rapaz valente queria se recostar e ganhar um cafuné até adormecer.. Irônica vida.

sábado, 23 de maio de 2009

Pode crer, eu tô falando é de amizade


Amizade pra mim é mais que dom. Amizade é apenas palavra para um mistério divino. Como pode ter um amor tão grande por alguém, se preocupar e nem por isso querer esse alguém de forma carnal? É magia. O mundo está cada dia mais morno, pálido e carente dessa magia ímpar. E todo dia agradeço a Deus por poder me contagiar com essa dádiva. Não me importa se está longe ou perto, se me liga todos os dias, uma vez por semana ou uma vez por ano, se diz que me amam ou se esquece do meu aniversário. Vôcê sempre esteve lá, eu sei que sempre estará. Me acudiu quando meu choro abafou meu sorriso simples. Me levantou quando meus joelhos não aguentaram a pressão. Falou bobeiras para fazer meu dia mais feliz. Coloriu de azul minha vida quando todos a volta cismaram de pintá-la de cinza. Palavras não existem para demonstrar tamanho amor. Porém, espero que leia essas e entenda o quão especial és em minha vida. Muito obrigado.


Ao meu eterno e amado amigo, Malcon.

ahh, essa garota...



Tenho um riso fácil, facílimo. Mas a raiva se exprime com a mesma intensidade. Choro por filmes, músicas, histórias e lembranças. E tudo faz morada em mim muito depressa. Vira pele, tatuagem. Dos meus sonhos faço vida e da minha vida faço música. Ou poesia. Faço pra não sentir a solidão me abater. Grito pra me calar e calo para que me entendam. Falo verdades incontestáveis e mentiras lavadas. É um tom a mais, ou uma escala a menos. Ser assim não é ruim, mas juro não ser tão bom quanto pensam.

sábado, 2 de maio de 2009

Conformismo Obrigatório

O ter que me acostumar com esse sentimento é uma idéia fixa. Mas o não conseguir é o que me machuca, me corrói, me mata a cada dia. Seria tudo tão simples se eu apenas tivesse gostado, como aquelas adolescentes, aquelas normais. Não. Eu fiz questão de amar. Amar com tudo que eu podia, com cada fio de cabelo, cada unha, cada respiração. Porque? Já não aguento essa angústia, essa carência, essa tristeza que a cada noite bate no meu coração e toma conta, faz dele abrigo e jura que nunca mais vaz sair. Se eu soubesse que tudo isso ia acontecer, eu juro, de verdade... que faria tudo outra vez. Porque pensar naqueles momentos, aqueles tardes, aqueles filmes, pensar na gente me faz crer que a felicidade pode existir num mundo tão cruel, onde as pessoas estão cada dia mais desacreditadas de si mesma. Descobri em você uma forma de expôr minha felicidade, canalizei em você minhas emoções e alegrias, e hoje elas vivem espalhadas. Músicas, leituras, faculdade. Por ai que elas estão. Procuro entender que dias passam e outros virão. Mas a vontade de voltar naquele vinte e sete de abril é mais forte do que eu.