sexta-feira, 27 de março de 2009




E você se faz de bobo, com esse joguinho inútil que só me faz te achar o cara mais infantil do mundo. E quanto mais te acho ridículo, mais me encanto por tudo o que você tem e eu nunca gostei, como esse seu brinquinho prateado que te deixa com cara de menino tímido e, na mesma hora, com cara de quem sabe o que fazer e não tá nem aí pra essa menina que jurou não se encantar mais com um garotinho de dezoito aninhos que finge que não me vê enquanto eu desço as escadas umas três vezes em menos de uma hora pra ver você sorrindo. Você nem tem aquela barba arrumadinha que eu acho sexy e muito menos aquele jeitinho hippie com calças e blusas largas e xadrez. Me pego com raiva do jeito como me escangalhei de rir com você falando aquelas coisas idiotas que qualquer garotinho da Zona Norte diria. Essa raiva me faz suar e ter vontade de te parar no corredor e perguntar se esses seus 40 centímetros a mais do que eu faz com que você não me perceba. Mas eu não vou fazer isso porque já estou calejada desses tipinhos que jogam fora menininhas que correm atrás. O problema é tirar essa situação da minha cabeça. Agora que eu acordo a noite e fico horas sem dormir pensando se você vai, enfim, vim falar comigo ou se vai preferir fingir que nunca me viu, ou ainda que eu sou apenas aquela que te empresto a caneta na semana passada. Então eu pego minha lapiseira chata e escrevo um ponto final nessa mísera história, louca para que você venha e o apague com sua borracha feliz.




Ps: esse texto não merece título.

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