sábado, 18 de abril de 2009

Doze badaladas



Foi realmente estranho. Há tempos que não me sentia tão diferente. Nem sei se essa é a palavra. Foram 19 meses. Foi um amor de verdade. O meu único até meus dezoito anos já completos. Foi a primeira vez com que ouvi você e nada, nada aconteceu em mim. Tão nada, tão zero. Foram apenas palavras. Aquela mesma voz que fazia meu coração acelerar e quase me sufocar do mesmo jeito durante esse tempo, foi hoje mais uma, como a mulher do telemarketing. Acabou. O encanto acabou. Se desfez. O que houve? Não sei se devo ficar feliz. Afinal, tem algo de estranho comigo. Não foi ruim desligar o telefone, nem fiquei chateada porque o assunto não era nada que me importasse. Tive, claro, vontade de perguntar sobre você, mas juro que foi apenas curiosidade, nada mais. Um assunto tão sei lá e só respondi. Ouvi uma voz conhecida, não tinha o mesmo sentimento. Nem o emissor, muito menos o receptor. Juro não ter sentido ruído no código. Foi apenas o rompimento de ligações. Algo que eu nunca entendi. As lembranças nunca irão, por mais que queiram, não vão, eu sei. Mas eu senti você se desvair. De mim, de dentro de mim. Leve. Me sinto e-xa-ta-men-te assim. E sinto que agora dá pra recomeçar...

2 comentários:

Alexandre disse...

Agora trocaremos também as palavras virtuais.

Beijos!

Brenner disse...

Será que este é um texto ideal ou um texto real ? de qualquer forma, fique bem laisao. s2